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Dia Nacional de Lutas foi marcado por grandes atos no RS
Desde a madrugada, trabalhadores de diversas categorias foram para as ruas paralisar empresas e garagens de ônibus. Os manifestantes também bloquearem estradas: 23 rodovias tiveram o tráfego interrompido ao longo do dia
15/07/2013


O 11 de julho, Dia Nacional de Lutas, foi um dia histórico para a classe trabalhadora brasileira. No Rio Grande do Sul, desde a madrugada, trabalhadores de diversas categorias foram para as ruas paralisar empresas e garagens de ônibus. Os manifestantes também bloquearem estradas: 23 rodovias tiveram o tráfego interrompido ao longo do dia.

Em Porto Alegre, as manifestações iniciaram ainda na quarta-feira, percorreram todo o dia 11 e só se encerraram nesta sexta-feira, com a assembleia geral do CPERS/Sindicato. As atividades mudaram a rotina de diversas cidades gaúchas, principalmente da capital, onde o comércio não abriu e os ônibus não circularam, assim como o Trensurb. Milhares de trabalhadores participaram dos atos e mobilizações.

A demonstração de força dos trabalhadores neste Dia Nacional de Lutas mobilizou o Brasil e, na Capital gaúcha, culminou com um grande ato no Largo Glênio Peres. Trabalhadores de diversos segmentos paralisaram suas atividades nesta quinta-feira, dia 11 de julho.

Por volta das 15h30, os trabalhadores começaram a chegar, finalizando caminhadas vindas de três pontos da cidade. Os metalúrgicos da CUT se reuniram no monumento do Laçador e junto com representantes de outras categorias como Alimentação, Saúde, Sapateiros, percorreram a Avenida Farrapos até o Centro.

Uma segunda marcha partiu da Rótula do Papa, percorrendo os bairros Menino Deus, Azenha e Cidade Baixa. O terceiro grupo deixou o Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa, e se dirigiu ao Centro.

As manifestações estavam focadas em importantes pautas da classe trabalhadora e da sociedade em geral: fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, valorização das aposentadorias, transporte público e de qualidade, reforma agrária, mudança nos leilões do petróleo, extinção do PL 4330 sobre terceirização, reforma política, reforma urbana e democratização dos meios de comunicação, 10% do PIB para a Saúde e 10% do PIB para a Educação.

No interior do Estado, a categoria também esteve mobilizada, participando de atividades em diversas cidades.

Passo Fundo

Em Passo Fundo, cerca de 1500 pessoas iniciaram manifestações em vários pontos da cidade, onde foram interditados os trevos que dão acesso aos municípios de Erechim e Marau. A cidade parou por conta do trabalho do Sindicato dos Urbanos (Sindiurb), uma vez que os rodoviários aderiram em massa ao movimento. Participam dos atos também os trabalhadores do campo e da cidade em várias organizações sociais como o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Passo Fundo e Região (SINTEE NORTE/RS ), junto com a CUTRS.

Manifestantes protestaram no CAFF

A primeira manifestação em Porto Alegre ocorreu no dia 10 de julho, quando o Estado descumpriu a decisão da Justiça e abriu o Centro Administrativo. Manifestantes contrários à decisão impediram o acesso de funcionários ao prédio. Ainda pela manhã, sindicalistas contrários ao descumprimento de decisão judicial bloquearam acessos por quase duas horas.
O bloqueio dos acessos ao prédio do Centro Administrativo Fernando Ferrari , na região central de Porto Alegre, foi encerrado por volta das 10h15min de quarta-feira, 10. A posição do governo do Estado, de descumprir a decisão judicial de fechar o Centro Administrativo, desagrada aos manifestantes da CUT, da CSP Conlutas, do Cpers/Sindicato e de diversos sindicatos de servidores públicos.

Bloco de Lutas e Passe Livre ocuparam a Câmara Municipal de Vereadores

Um grupo de cerca de 100 manifestantes do Movimento Bloco de Lutas e Passe Livre, que assistia à sessão ordinária do dia 10 de julho nas galerias do Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre, por volta das 17h20 invadiu a área das bancadas dos vereadores.

Entre as exigências do Bloco de Lutas está o passe livre para estudantes e desempregados no e a divulgação das planilhas de custos das empresas de ônibus, usadas para o cálculo das tarifas de transporte público.

Em carta aberta, o grupo afirma ter sofrido uma grande derrota quando os vereadores negaram, por 20 votos a 15, a abertura da planilha de contas das empresas do transporte. “Ao votar apenas a isenção do ISS, a Câmara de Vereadores protege as empresas e engana a população. Reduz a passagem, mas não os lucros dos empresários, ou seja, a população continua a pagar a conta com a isenção de impostos. Enquanto a ‘caixa-preta’ das empresas não for aberta e o Passe Livre Municipal implementado, não vamos parar a luta”, aponta o texto.

11 de julho

A manhã da quinta foi repleta de atos promovidos pelos sindicatos e suas respectivas categorias, na capital e em diversas cidades do interior.

Na parte da tarde, em Porto Alegre, a concentração iniciou logo após o meio-dia e, por volta das 14h, uma das marchas organizadas pela CUT/RS se deslocou da Rótula do Papa, entre os bairros Azenha e Menino Deus, e seguiu pelas avenidas Erico Verissimo, Venâncio Aires e João Pessoa, até o Largo Glênio Peres, passando pela frente do prédio da empresa RBS. Neste local, os manifestantes denunciaram os crimes dessa mídia monopolista e golpista e cobraram a democratização dos meios de comunicação de massa.

Outra marcha partiu do Monumento do Laçador e percorreu a Avenida Farrapos até o Largo Glênio Peres. Durante todo o trajeto, dirigentes sindicais lembravam a pauta da classe trabalhadora que inclui bandeiras como o fim do Fator Previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o rechaço ao PL 4330 (sobre a terceirização), reforma política, 10% do PIB para investimentos na Educação Pública, entre outras reivindicações.

A terceira marcha saiu da Avenida Assis Brasil. Por volta das 16h, todas as caminhadas chegaram ao Largo Glênio Peres, onde foi realizado o grande ato político e unificado. No deck do Chalé da Praça XV, os presidentes das centrais sindicais (CUT, CTB, UGT, CGTB, NCST), representante da UNE e representante da Via Campesina concederam uma coletiva de imprensa aos jornalistas que estavam acompanhando as manifestações.

Ato reuniu trabalhadores no Glênio Peres

Em seguida, o ato político foi realizado com as falas dos presidentes das centrais sindicais, da UNE e da Via Campesina. A UNE defendeu mais vagas nas universidades públicas, reforma política para acabar com o financiamento privado de campanha, democratização da comunicação e 10% do PIB para educação como suas principais reivindicações.

O presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, ressaltou a importância da concretização da pauta reivindicatória dos trabalhadores. “Precisamos derrotar o PL 4330, sobre terceirização; investir 10% do PIB para a educação e 10% do orçamento da União para a saúde; reduzir a jornada de trabalho para 40h semanais sem redução de salário; acabar com o fator previdenciário; valorizar os aposentados; fazer as reformas agrária e política.”

Nespolo avaliou como positiva as ações do Dia Nacional de Luta. “É uma data histórica, pois os trabalhadores organizados e unificados pararam o país, mexemos com os poderosos e a sociedade ouviu a nossa pauta”, declarou ele.

A Via Campesina foi representada por Cedenir de Oliveira, que destacou a importância de parar o Brasil para que sejam feitas as mudanças necessárias, como a juventude vem mostrando através de sua força nas ruas. Para ele, “é necessário uma mudança no atual modelo de agricultura predominante, controlado pelas grandes empresas do agronegócio.”

Éder Pereira, representante da CGTB, criticou o aumento dos juros pelo COPOM no dia de ontem, 10 de julho. ”Vamos dizer não ao desvio de recursos do Orçamento para o cofre dos banqueiros, através do mecanismo chamado de superávit primário. Queremos que as riquezas produzidas pelos brasileiros sejam destinadas ao desenvolvimento nacional”, ressaltou.

Representante da CTB, Vicente Selistre, enfatizou a importância da reforma política para acabar com a compra de votos e, de fato, se ter uma política que represente o povo brasileiro. Também criticou o projeto 4330/04, que trata das terceirizações, e defendeu a valorização dos servidores públicos.

O ato no Glênio Peres encerrou pouco depois das 17h, com os trabalhadores de mãos dadas, cantando “Pra não dizer que não falei das flores”, do Geraldo Vandré.

 

 

Fonte: Escritório jurídico WMSC&AA, com informações da CUTRS e FTMRS

 
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