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Nota Oficial: Contra o retrocesso, vamos defender organizações sociais e de classe!
A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT apoia as manifestações democráticas no país e repudia vandalismo e hostilização a organizações sociais democráticas
22/06/2013


As ruas e as praças públicas sempre foram o palco onde a história do mundo foi escrita, os espaços para divulgar e buscar apoio às reivindicações dos segmentos sociais. Recordando apenas a história recente do Brasil, as passeatas e os atos públicos foram os mecanismos mais usados por trabalhadores (as) de todas as categorias profissionais, por estudantes e pelos movimentos sociais para lutar por seus direitos e expor suas reivindicações.

Foi usando este mecanismo que conseguimos transformar o país e restabelecer, inclusive, os direitos de manifestação e de opinião calados pela força bruta do regime militar em 1964. Em defesa desses direitos, brasileiros e brasileiras foram presos, mortos e torturados. Em defesa deles, estudantes e trabalhadores (as) foram vítimas da violência policial nas ruas.

Foi nas ruas que restabelecemos a democracia, foi nas ruas que conquistamos o direito de escolher pelo voto quem deveria comandar o país, os Estados e as cidades, e quem deveria ser os legisladores nestas três esferas. Foi nas ruas que conquistamos o pluripartidarismo. Foram as manifestações públicas que derrubaram um presidente. Foi a consciência do povo brasileiro que fez com que as organizações de classe, as entidades da sociedade civil e os partidos políticos (independente da ideologia que defendem) se transformassem nos canais legítimos de condução das reivindicações dos segmentos que representam.

Foram as passeatas, as greves e os atos públicos organizados por instituições efetivamente comprometidas com a sociedade que possibilitaram a evolução dos direitos da classe trabalhadora. Foram essas manifestações que abriram caminho para os avanços sociais que levaram o nosso país a ser hoje referência mundial e um exemplo para as nações do dito “primeiro mundo”, onde especialmente os jovens são penalizados com o desemprego e o corte de direitos sociais.

O que o Brasil está vivendo nos últimos dias é fruto de anos e anos de lutas para garantir que todos (as), sem exceção, possam expressar suas opiniões e batalhar coletivamente pelos direitos da sociedade. As manifestações que tomam conta das cidades carregam consigo toda esta história. Se não tivéssemos transformado o nosso passado, as nossas praças públicas não seriam o espaço para o exercício democrático de hoje.

Mas a democracia está ameaçada, quando o que deu origem à onda de manifestações – a tarifa de transporte público –, é ofuscado por um sem-número de reivindicações, com algumas delas trazendo a ameaça de retrocesso.

A ameaça vem também quando manifestações pacíficas dão lugar a atos de vandalismo e hostilização a organizações que foram forjadas nas lutas, que foram fundamentais para garantir o exercício democrático e que continuam reivindicando educação de qualidade, saúde de qualidade, transporte de qualidade, mas também emprego de qualidade, salários justos, jornada de trabalho menor. Enfim, nossa pauta é similar à pauta da maioria dos jovens que tomaram as ruas.

Ao destruir patrimônios públicos esta minoria faz com que os recursos públicos que poderiam ser destinados a atender parte das reivindicações sejam usados para arrumar os estragos. Ao politizar pela direita o movimento, essa minoria aposta no retrocesso e na desesperança, aposta nas armas nas ruas para “combater” trabalhadores e estudantes, como já vimos na história recente.

Por isso, a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores, em nome dos mais de 900 mil trabalhadores (as) que representa em todo o Brasil, repudia esta tentativa de manipulação do movimento legítimo iniciado pelos jovens contra o aumento da tarifa de transporte público, por pessoas e facções mal-intencionadas que querem destruir a democracia e fazer com que o Brasil volte à condição de terceiro mundo, submisso, como já foi, às chamadas grandes nações e aos interesses da elite econômica mundial.

Parabenizamos o Movimento Passe Livre pela lucidez ao divulgar que não é “antipartidário” e não endossa pautas conservadoras. E conclamamos os jovens, os trabalhadores, as donas de casa, os aposentados a defenderem a democracia e as organizações sociais e de classe que têm papel fundamental para garantir o processo de desenvolvimento em curso e a elevação da autoestima da nossa população, formada por gente de alto-astral, apaixonada por futebol, por carnaval, e compromissada com a busca contínua de uma vida melhor para todos e todas, sem distinção.

Retrocesso, nunca mais!

Paulo Cayres
Presidente
Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores

São Bernardo do Campo (SP), 21 de junho de 2013.
 

 
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