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Contratar médicos estrangeiros não pode ser "tabu" no Brasil, diz Padilha
Ministro da Saúde afirma que cogita firmar intercâmbio com Portugal e Espanha, países que têm médicos bons e afetados pela crise
13/05/2013


São Paulo – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou hoje (13), em São Paulo, que os brasileiros não podem encarar “como um tabu” a atração de médicos estrangeiros para atenderem no Brasil “porque em outros países isso não é visto dessa forma”. De acordo com ele, o governo federal, que na semana passada anunciou a vinda de seis mil profissionais cubanos, quer firmar parcerias de intercâmbio com Portugal e Espanha para que os médicos atuem em áreas isoladas e nas periferias das grandes cidades.

“Esses países têm uma taxa de cerca de quatro médicos por mil habitante (no Brasil são dois para cada mil) e, como muito estão desempregados por conta da crise, acredito que seja uma boa oportunidade”, afirmou Padilha, durante a inauguração de 90 novos leitos no Hospital Santo Antônio, ligado à Beneficência Portuguesa, no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo.

O ministro não tratou sobre a notícia da vinda de seis mil médicos cubanos para o Brasil, anunciada na última semana e criticada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que reivindicava uma revalidação do diploma. “O nosso foco é Portugal e Espanha”, disse.

De acordo com Padilha, os médicos estrangeiros não poderão apenas prestar uma prova de qualificação e concorrer no mercado com os brasileiros. “Eles virão para trabalhar nas áreas mais remotas do país, nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades, onde há mais carência de médicos.”

“Estamos estudando o que os outros países fazem e já descartarmos algumas opções, como a validação automática do diploma e uma política para atrair profissionais de países que têm menos médicos por mil habitantes que nós”, disse. “Eu, como ministro, vendo nossa necessidade, não vou ficar assistindo exemplos como Portugal e Espanha, que têm médicos de qualidade desempregados devido à crise, que poderiam vir para o Brasil em intercâmbio.”

Reajuste

O ministro descartou também que vá atender à reivindicação de Santas Casas e hospitais filantrópicos de dobrar o valor pago pelo Sistema Único de Saúde com procedimentos médicos. “Nós não vamos repetir uma política histórica de reajustes lineares da tabela do SUS. Com ela, os hospitais se organizavam não para atender as prioridades da população, mas para fazer coleção de exames”, disse.

Segundo Padilha, os hospitais receberam mais dinheiro se, por exemplo, abrirem mais vagas para cirurgias, aumentando as internações e os leitos de UTI. “Quem colocar mais leitos para atender emergência ou reduzir filas de cirurgias vai receber mais. Mudamos a regra para pagar melhor os hospitais filantrópicos que atenderem melhor a população.”

Sobre a dívida histórica das 2.100 Santas Casas brasileiras, que chegou a R$ 12 bilhões no final do ano passado, o ministro afirmou que estuda “trocar essas dívidas por mais atendimento” e que o reajuste linear da tabela do SUS é um dos responsáveis por ela.

Os novos leitos do Hospital Santo Antônio inauguram um novo modelo de parceria no município, em alternativa à administração de centros de saúde por organizações sociais, as chamadas OSs. Além dos novos leitos serem administrados por hospitais filantrópicos, no caso da Beneficência Portuguesa, haverá a presença de um gestor da prefeitura integralmente no hospital para acompanhar as atividades.

“Eu diria que o principal problema da saúde em São Paulo é a fila de espera e depois a qualidade do atendimento”, disse o prefeito Fernando Haddad (PT) durante a inauguração. “Vamos inaugurar mil novos leitos hospitalares ao longo dos quatro anos. Teremos mais recursos federais e municipais para os hospitais filantrópicos."

 

por Sarah Fernandes, da RBA

 
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