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Programa de Formação Política e Sindical debate a saúde como direito humano
FTM/CUT realizou 5° Módulo do Programa de Formação Política e Sindical
14/08/2012




A Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos da CUT-RS (FTM/CUT) realizou o 5° Módulo do Programa de Formação Politica e Sindical, nos dias 09 e 10 de agosto, com o tema: “Trabalho, Saúde e Ação Sindical”. Participaram do curso 23 dirigentes de 10 sindicatos de metalúrgicos de diferentes regiões do Rio Grande do Sul.

Um diagnóstico participativo das ações sindicais na área da saúde deu início aos trabalhos. As informações indicam que os sindicatos de metalúrgicos concentram seus investimentos na área da saúde, ao disponibilizar atendimento médico e odontológico e oferecer convênios aos associados e dependentes. “Sabemos que essa é uma função do Estado, mas a prestação de assistência é uma forma de garantir a legitimidade do sindicato junto à categoria”, afirmou um dos participantes.

Além disso, alguns sindicatos combinam o atendimento assistencial com uma ação mais enérgica junto ao INSS, através do acompanhamento de perícias, da denúncia de condições inseguras de trabalho, da formação de grupos de trabalhadores afastados do local de trabalho por doenças ocupacionais, etc. Os sindicatos também atuam nos conselhos de saúde, a fim de aumentar o controle social dessa política pública. Percebeu-se a ausência de um plano de ação para qualificar o trabalho das CIPAs. “Existe uma cultura instalada nas fábricas que elege aquele cipeiro que oferece o melhor churrasco, isso é algo atrasadíssimo e que precisa ser mudado”, analisou um dos dirigentes.

Saúde Mental

Um dos momentos fortes do curso foi o debate sobre saúde mental. Com a colaboração da psicóloga Rosangela Lizardo, a discussão sobre as relações entre trabalho e saúde mental foram aprofundadas. Para a especialista, poucos profissionais conseguem estabelecer os vínculos entre trabalho e saúde mental. “No entanto, sabemos que o trabalho é um dos grandes geradores de sofrimento psíquico e adoecimento mental”. Rosangela acredita que a forma de organização do trabalho na atualidade mutila as aspirações das pessoas, reduz a zero o potencial criativo e frustra os desejos de realização. “Via de regra, o trabalho é um cemitério de pessoas e não o lugar de realização humana. Por isso que os dados indicam que o sofrimento psíquico e o adoecimento mental tem se transformado em epidemia”.

Com base em uma reportagem publicada na Folha de São Paulo (30/05/2010), Rosangela Lizardo afirmou que a quantidade de afastamentos de profissionais por transtornos mentais e comportamentais registrada pela Previdência Social cresceu 22 vezes entre 2006 e 2009. “Jornadas excessivas, ambientes competitivos e hostis e pressão por metas estão entre os principais detonadores. Doenças relacionadas ao estresse e ao transtorno de humor, como episódios depressivos recorrentes, encabeçam a lista de transtornos mentais e comportamentais que mais afastaram trabalhadores no ano passado”.

A cada ano, os gastos da Previdência Social com adoecimento mental crescem assustadoramente. Os índices de suicídio são alarmantes. “Precisamos entender que o sofrimento psíquico é algo grave e que precisa de atenção de profissionais. Diariamente, aumentma os casos de reclamatórias judiciais por assédio moral. Os sindicatos tem um papel importante para retirar da invisibilidade essa nova forma de agressão aos direitos humanos”.

Saúde e Trabalho

No segundo dia de curso, foi realizada uma rodada de conversa com Rogério Dornelles, médico do trabalho de vários sindicatos de trabalhadores. Depois que cada um expôs o que entende por saúde e trabalho, Dornelles, de forma bastante objetiva, enfatizou que a saúde não é uma questão de médico e nem de administração hospitalar, mas de direito humano. “Isso é básico. Sem esse entendimento não vamos a lugar algum. Não adianta avançar com outros conceitos se não tomarmos uma decisão de encarar a saúde como um direto humano. Defender a saúde como direito humano é o papel dos cidadãos e das instituições democráticas, sobretudo, dos sindicatos”, observou o médico. O curso encerrou na tarde de sexta feira com uma atualização sobre a questão da Previdência Social realizada pelo advogado João Lucas.

 

Fonte: Coletivo de Comunicação do Programa de Formação

 
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