A Câmara dos Deputados recusou as emendas de DEM e PSDB, partidos que, quando governo, não admitiam reajustes e políticas de valorização do salário mínimo, e confirmou o aumento do salário mínimo para R$ 545,00 na noite desta quarta-feira.

A votação levou mais de 11 horas e foram discutidas 22 propostas de emendas, além de um número muito grande de discursos e votações de adendos ao projeto de Lei do Executivo. Agora, a proposta segue para a apreciação e votação no Senado, onde o governo também detém a maioria.

As discussões foram encerradas pela Casa por volta das 20h30min, após seis horas de debates. O salário mínimo de R$ 545,00 foi simbolicamente aprovado por volta das 22h. O projeto de lei do governo, que estabelece uma política de valorização do salário até 2015, passou então pela avaliação de duas emendas, uma do PSDB com o mínimo de R$ 600 e outra do DEM, com mínimo de R$ 560. A emenda do PSDB foi vetada por 376 dos parlamentares, com 106 votos a favor e sete abstenções. Já a do DEM foi recusada por 361 deputados e aprovada por 131.

A bancada governista argumentou que um aumento maior que os R$ 545,00 aporvados iria compormeter o quadro de estabilidade da economia brasileira. A CUT e demais centrais sindicais - que apresentaram proposta de um mínimo no valor de R$ 580,00, lamentaram a decisão tomada pela maioria da Câmara.

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