Sem acordo, metalúrgicos intensificam mobilizações nas fábricas
Categoria reivindica 3% de aumento real, além da reposição da inflação que ficou em 3,83%, de acordo com o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período
22/05/2023
Categoria reivindica 3% de aumento real, além da reposição da inflação que ficou em 3,83%
Nas mesas de negociação, os empresários seguem dificultando ao máximo qualquer benefício real para os trabalhadores. Para a metalurgia, o patronal propôs apenas o índice do INPC (3,83%) e mais um “aumento real” de 0.37%.
Na última quinta-feira (18), os metalúrgicos participaram de uma assembleia na sede da entidade e recusaram por unanimidade a contraproposta dos patrões. A categoria considera uma afronta aos trabalhadores que seguem com seu poder de compra corroído enquanto produzem lucro para os empresários. Os trabalhadores dos setores de máquinas agrícolas e reparação de veículos também recusaram as propostas de aumento real, que ficaram em no máximo 0,67%. Em todas a negociações o patronal negou qualquer aumento no vale alimentação.
Com poucos avanços nas mesas de negociações da campanha salarial 2023/2024, metalúrgicos da CUT de todo o Rio Grande do Sul intensificaram as mobilizações. Nas últimas duas semanas, os sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) promoveram um conjunto de ações nas portas de fábricas de diversas regiões do estado para dialogar e mobilizar os trabalhadores.
A categoria reivindica 3% de aumento real, além da reposição da inflação que ficou em 3,83%, de acordo com o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período (de maio de 2022 até abril de 2023). A reivindicação é para as três mesas: Metalurgia, Máquinas Agrícolas e Reparação de Veículos, que tem a data-base em 1º de maio.
Adriano Filippetto, presidente do Sindicato e trabalhador da GKN, informou que os metalúrgicos da CUT devem aumentar as mobilizações em todo o estado até a próxima reunião com a patronal da Metalurgia e de Máquinas Agrícolas, que acontece na quarta-feira (24). “O que foi oferecido é insuficiente para o trabalhador que segue com seu poder de compra muito prejudicado. Então a única forma de garantir avanços para a categoria é através da mobilização dos metalúrgicos para destravar as negociações.” Garantiu.
Questões referentes a homologação das rescisões nos sindicatos, representação dos terceirizados e temporários pelas Convenções Coletivas da categoria, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e garantia de acesso dos dirigentes aos locais de trabalho são outros pontos da pauta de reivindicação.
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