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Acordo coletivo na Mercedes-Benz preserva 500 empregos e gera novas vagas
A montadora tinha anunciado em junho o fechamento da estamparia e áreas relacionadas, ferramentaria ligada à estamparia, oficina mecânica e a terceirização de componentes de eixos e motores.
30/10/2019




 A representação dos trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, anunciou em assembleias com os três turnos na última sexta-feira, dia 25, o acordo negociado com a fábrica que preserva mais de 500 empregos e garante a vinda de novos investimentos e produtos.

O coordenador da representação na Mercedes, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, ressaltou que a participação de todos e todas foi fundamental para chegar ao acordo.

A montadora tinha anunciado em junho o fechamento da estamparia e áreas relacionadas, ferramentaria ligada à estamparia, oficina mecânica e a terceirização de componentes de eixos e motores.

Com a notícia, o CSE aprovou em assembleia do dia 12 de junho a adesão à greve geral do dia 14 de junho contra a reforma da Previdência e também pela abertura de um processo de negociação que garantisse alternativas para preservação dos empregos. Em seguida, foram realizadas assembleias e plenárias com os trabalhadores das áreas envolvidas.

“Não dava para a empresa achar que ia fechar áreas e fazer demissões. Foi um intenso processo de mobilização, negociação e de debates no chão de fábrica para construir o acordo que garante 100% dos trabalhadores dessas áreas com realocações internas”, afirmou.

O processo de negociação fará com que a planta de São Bernardo passe a ser hub global (produtor mundial) de motores clássicos 460 e 457. O que antes era produzido em outras plantas será feito aqui em São Bernardo. Novas atividades de desenvolvimento e engenharia desses motores clássicos serão feitas na planta.

Além disso, haverá investimentos para adequar os setores com a vinda de componentes da nova geração de caminhões, como a camisa, manga e semieixo do Euro 6. Conforme o acordo de 2014, o novo Actros será montado a partir de 2020.

“Isso garante a realocação de todos os trabalhadores nesses setores, além de trazer a possibilidade de abertura de novas vagas para o ano que vem”, destacou.

Na discussão, os trabalhadores na planta de Juiz de Fora que tiverem interesse em ser transferidos para São Bernardo terão prioridade na contratação conforme a abertura de novas vagas, já que ano que vem termina a produção do Actros em Minas Gerais.

O dirigente reforçou a importância de chegar ao acordo agora, já que no ano que vem haverá a discussão da data-base, que vence em 30 de abril de 2020.

“A preocupação era não postergar a negociação para preservar os empregos, trazer tranquilidade aos trabalhadores e poder se dedicar à negociação da data-base. Já foi uma luta no ano passado para fechar o acordo por dois anos e agora será ainda mais difícil. Temos que estar atentos, organizados e unidos para garantir os empregos e direitos”, ressaltou.

Na assembleia, os trabalhadores aprovaram ainda a renovação do acordo de captação do ponto, mantendo como é hoje.

Soberania, direitos e empregos

O novo presidente nacional da CUT e CSE na Mercedes, Sérgio Nobre, participou da assembleia e chamou a atenção para o ato nesta quarta-feira, dia 30, em Brasília.

“Vivemos um período tenebroso no país, de desmonte de tudo aquilo que a gente conquistou em termos de legislação trabalhista e proteção social. Dia 30 será um grande ato em defesa da soberania, direitos e empregos para o Brasil mudar de rumo”, explicou.

“Um dos ataques é a reforma da Previdência. Foi uma batalha importante, já que o governo não conseguiu aprovar a reforma da maneira que queria. O objetivo deles era que a Previdência deixasse de ser pública e fosse uma capitalização individual, cada trabalhador faria sua poupança ao longo da vida e quando se aposenta vai usando. Quando acaba, fica sem nada”, afirmou.

“No Chile as mobilizações são por isso, desmancharam toda rede de proteção social. Aqui ainda querem fazer uma nova proposta para tentar introduzir esse modelo no Brasil. Será uma nova batalha. Mas conseguiram aprovar a tragédia que é a idade mínima, que vai condenar trabalhadores a não se aposentarem. É só olhar para os rostos aqui e ver se tem alguém com 65 anos”, disse.

“A democracia está sendo violentada, a política ambiental está acabando, a queima da Amazônia, vazamento de óleo nas praias do Nordeste, tudo isso mostra que o governo não está cuidando do país. O país precisa de investimento público, precisa gerar empregos e voltar a crescer. Dia 30 esse é o recado que vamos dar”, concluiu.

 

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

 
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