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Defesa da democracia prossegue, mesmo após STF negar HC de Lula
Após decisão do STF, Lula pode ter prisão decretada. Parlamentares organizam continuidade das mobilizações populares em defesa da democracia. "Não se pode perder a capacidade de lutar"
05/04/2018




 Brasília – Encerrado o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que ontem negou habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parlamentares da oposição, reunidos no apartamento do senador Roberto Requião (MDB-PR), convocaram militantes e apoiadores a participar de uma nova mobilização pelo ex-presidente Lula, já a partir da manhã desta quinta-feira (5). A ideia é permanecer em frente à casa de Lula, em São Bernardo do Campo (ABC paulista), como forma de expressar apoio ao ex-presidente. “Vamos todos para São Bernardo. Este é nosso momento mais importante, o momento em que precisamos demonstrar mais apoio ao presidente Lula”, disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ).

Emocionado, Farias qualificou o resultado do julgamento do tribunal como “um escândalo”. “É claro que tivemos votos importantes para o nosso lado e temos de reconhecer isso, mas a verdade é que o Supremo chancelou o golpe desde o início. Muita gente nossa se iludiu demais com o Poder Judiciário”, afirmou o senador.

Lindbergh destacou que os ministros “foram acovardados, diante de pressões feitas pela Rede Globo, que até militares usou para chantagear o tribunal e a democracia brasileira.”

“O crime de Lula é estar na frente das pesquisas para a Presidência da República. Tiraram do governo a Dilma, que teve 54 milhões de votos, e agora querem humilhar o Lula porque ele está na frente das pesquisas”, ressaltou.

De acordo com o senador, apesar do abalo pelo resultado do julgamento, o principal recado a ser passado é que no momento é preciso “olhar para frente e evitar que novos erros sejam cometidos”.

Constituição
No mesmo tom, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) lembrou os seus tempos de deputada constituinte. “O presidente Lula e o povo brasileiro perderam uma garantia que a Constituição Federal de 1988 deu aos cidadãos. Eu fui constituinte, sei que a vontade dos constituintes foi garantir ao Brasil, a todos os brasileiros, o direito à presunção da inocência. A renovação do Supremo que se reafirma agora fere esse direito”, destacou.

“A gente sabe que os presídios possuem cerca de 40% de pessoas que nunca foram julgadas. Ou seja, essa questão, além do efeito político observado hoje, não é algo que alcança apenas o Lula, mas os mais pobres do país, que não têm direito de defesa, nem o alcance da Justiça”, disse ainda.

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) reiterou as palavras dos colegas. Para ela, apesar do resultado do STF, não se pode “perder a capacidade de lutar”.

“Temos de resistir a tudo isso. Claro que estamos muito machucados, mas é fundamental que estejamos, dentro de mais algumas horas, revigorados, para voltar às ruas”, afirmou a senadora.

“A cláusula constitucional de cumprimento de pena apenas após o trânsito em julgado não é interpretável, mas o pior não é nem isso e sim, o fato de que o presidente Lula foi condenado sem provas. Até hoje o apartamento não está no nome dele”, destacou.

Para Vanessa “o que está claro é que estamos vivendo a continuidade do golpe e esse golpe não é só para tirar as pessoas do governo, é muito mais perigoso, porque objetiva mudar um projeto de país”.

Por sua vez, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), reafirmou que as pessoas não podem, a partir de agora, “perder a capacidade de resistir e lutar”. “Sabemos que estamos do lado certo da história e seguiremos. Junto com os movimentos sociais e o povo brasileiro que quer o respeito à Constituição e a garantia da democracia.”

RBA

 
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