Em reunião ampliada da Executiva da CUT-RS, realizada na manhã desta terça-feira (14), em Porto Alegre, os dirigentes fortaleceram a importância da organização de comitês sindicais e populares nos municípios contra a reforma da Previdência. O objetivo é aumentar a pressão sobre os deputados e senadores que apoiam o governo nas suas bases eleitorais para que votem contra a proposta encaminhada pelo presidente golpista Michel Temer (PMDB) ao Congresso Nacional.

Foi também reforçada a realização da plenária estadual da CUT-RS na próxima terça-feira (21), às 9h, no auditório do CPERS/Sindicato (Rua Alberto Bins, 480), no centro da capital gaúcha. A intenção é definir novos encaminhamentos para ampliar a campanha contra a reforma da Previdência e a reforma trabalhista que o governo ilegítimo também quer aprovar. Ao final, será realizada uma coletiva de imprensa para divulgar as ações dos comitês sindicais e populares e o calendário de mobilização da CUT-RS para o próximo período.

“Estamos travando uma luta sem trégua contra essas reformas, que jamais foram aprovadas nas urnas, mas atendem aos interesses dos golpistas e das federações empresariais que financiaram a derrubada da presidenta Dilma para retirar direitos dos trabalhadores e beneficiar os donos do capital”, afirma o secretário-geral adjunto da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Primeira tiragem do jornal esgotou em 24 horas

A Executiva da CUT-RS decidiu autorizar a impressão de uma nova tiragem do jornal especial contra a reforma da Previdência, pois a primeira impressão esgotou em apenas 24 horas. O material de quatro páginas leva o título da campanha: “Reforma da Previdência – PEC 287: Sua aposentadoria acaba aqui”. Também serão providenciados cartazes, adesivos, spot de rádios e carro de som, outdoor e busdoor, dentre outras peças, que serão disponibilizadas às federações e sindicatos filiados.

“A campanha busca desmontar a propaganda enganosa do governo, desmascarar a farsa do déficit da Previdência e denunciar os parlamentares gaúchos que integram a base aliada de Temer no Congresso, visando fazer com que os trabalhadores e a trabalhadoras pressionem os deputados e senadores”, destaca a secretária de Políticas Sociais da CUT-RS e coordenadora geral da Fetraf-RS, Cleonice Back.

"Queremos mostrar à sociedade que se trata de um brutal ataque ao sistema de Previdência e de Seguridade Social, que foi amplamente discutido e aprovado na Constituinte de 1988, e que agora, de uma só tacada, o governo golpista quer eliminar. Vamos resistir, unir e mobilizar para barrar os ataques dos usurpadores e defender os direitos históricos da classe trabalhadora”, frisou o secretário de Meio Ambiente da CUT-RS, Paulo Farias.

Organizar comitês sindicais e populares

A criação de novos comitês sindicais e populares foi reforçada pelos dirigentes da CUT-RS. Trata-se de um espaço para unificar diferentes categorias de trabalhadores e movimentos sociais para fortalecer as mobilizações locais e regionais contra a reforma da Previdência.

Os comitês possuem um importante papel para pressionar os deputados em suas bases eleitorais, já que é ali que pedem votos a cada quatro anos. “Esses comitês podem intensificar a capacidade de mobilização da sociedade e também se constituem em poderosas ferramentas de luta para combater as reformas de Temer e construir a greve geral”, salienta o diretor executivo da CUT-RS, Marcelo Carlini.

Já estão sendo montados comitês em diversas cidades, como Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Rio Grande, Pelotas e Santa Rosa.

Fonte: CUT-RS

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