A CUT-RS rebateu as provocações dos empresários, defendeu a CLT e a Justiça do Trabalho, protestou contra a reforma da Previdência, denunciou o golpe nos direitos e apontou a necessidade de construção da greve geral durante o ato estadual unificado das centrais sindicais realizado na manhã da terça-feira, 16 de agosto, em frente à Fiergs, em Porto Alegre.

A atividade marcou no RS o Dia Nacional de Luta e Mobilização da Classe Trabalhadora, aprovada em assembleia nacional das centrais ocorrida no dia 26 de julho, em São Paulo. Houve também mobilizações em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal.

Mais de mil trabalhadores e trabalhadoras participaram da mobilização, com manifestações de dirigentes sindicais e palavras de ordem, destacando-se “Fora Temer”. Não faltaram bandeiras, faixas e banners com imagens de patos, ironizando o pato amarelo da Fiesp, usado pelos empresários para enganar a população a apoiar o golpe do impeachment. Uma armação de isopor, papel e canos de plástico, com o desenho do pato e grafia dos principais ataques dos golpistas permaneceu em cima do caminhão de som e, no encerramento do ato, foi retirado e queimado no chão aos gritos de “Fora Temer”, como forma de repudiar as medidas defendidas pelos empresários.

O ato contrapôs a vergonhosa provocação da Fiergs, que instalou um enorme banner na frente do pátio dizendo que os mais de 11 milhões de desempregados gostariam da “modernização das leis trabalhistas” para gerar mais empregos e criticando a CLT por ser uma legislação ultrapassada, ignorando que eles próprios, os empresários, que causaram esses milhões de desempregos.

No final do ato o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, defendeu a construção de uma greve geral e a conscientização maior da população. “Essa nossa agenda de lutas só vai funcionar se a gente conseguir desalienar a classe trabalhadora, que ainda está impactada pela manipulação da grande mídia que todos os dias mostra a pauta dos patrões”, concluiu.

A CUT nacional decidiu fazer um ato contra o golpe e em defesa da democracia no dia 29 de agosto. Para o presidente nacional da entidade, Vagner Freitas, o golpe aprofundou ainda mais a crise política e econômica no Brasil, pois a inflação, os juros e o desemprego subiram e o governo interino não tem propostas a não ser botar na conta da classe trabalhadora uma crise que não foi ela quem criou. Pra piorar a situação, quer mexer nos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários do povo.

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