Os cerca de 60 trabalhadores, dentre eles metalúrgicos, que integram a Frente Gaúcha em Defesa da Previdência Social e que ocuparam no início da manhã de segunda-feira (13) o prédio da Gerência Regional do INSS, na Rua Jerônimo Coelho, no centro de Porto Alegre, afirmam que só sairão com o retorno do Ministério da Previdência Social, extinto pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer.

“O objetivo da ocupação é recuperar o Ministério da Previdência. Nós achamos que o desmonte da Previdência, como está sendo feito pelo governo golpista do Michel Temer, ataca frontalmente os direitos dos trabalhadores, dos aposentados e dos futuros aposentados”, disse Antonio Guntzel, um dos líderes da Frente e também secretário de Relações do Trabalho da CUT-RS.

A Frente também se posiciona contrariamente às propostas de reforma previdenciária que estão sendo discutidas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo Antônio, a ação é contra o “desmonte da Previdência”.

“Alcançamos o objetivo do primeiro dia de ocupação, que era de ocupar e tirar a nossa ação da clandestinidade”, avaliou.

Resistir ao desmonte da Previdência

“Demoramos para fazer isso. As pessoas estão nos dando apoio, pois esse é um tema que atinge todos os trabalhadores e aposentados. Há alguns integrantes da Frente confeccionando faixas e cartazes, está bonita essa ocupação”, destaca Antônio.

O Ministério foi extinto e dividido entre os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Social e Agrário. De acordo com o representante dos sapateiros, foi o ataque aos direitos dos trabalhadores que levou diversos movimentos a organizarem essa ocupação. “O desmonte da Previdência que nos levou a ocupar o prédio. E vamos permanecer aqui, pode ser uma semana, 30 ou 40 dias”, avisou.

Como no prédio são realizados apenas serviços internos ao INSS, o atendimento ao público não foi prejudicado e está sendo feito normalmente nas agências do INSS espalhadas pela cidade – os funcionários do órgão também estavam se organizando para trabalhar nestes locais.

Apesar de ser dirigente da CUT-RS, Antonio disse que a Frente não é vinculada a nenhuma central, mas sim conta a participação de trabalhadores de diversas entidades sindicais. Ele ainda afirmou que existem articulações em andamento para que novas ocupações a prédios do INSS ocorram em outras capitais do país nos próximos dias.

Todo o apoio da CUT-RS

Quem passa pelo local está recebendo um panfleto de apoio da CUT-RS com uma carta aberta questionando “Cadê o Ministério da Previdência Social?”, explicando os ataques dos golpistas aos direitos de trabalhadores e aposentados e cobrando a volta do ministério.

Neste material, a Central também manifesta o seu apoio à ocupação e à Frente Gaúcha em Defesa da Previdência Social e define esse desmonte como “inaceitável”.

Fonte: CUTRS

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