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80 mil manifestam defesa da democracia e repudiam tentativa de golpe e retirada de direitos
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01/04/2016


Presidente da CUT alerta que impeachment pode facilitar retirada ou flexibilização de direitos


Cerca de 80 mil pessoas ocuparam na noite de ontem, 31 de março, alguns quarteirões do centro de Porto Alegre, tendo como ponto central a Esquina Democrática, cruzamento da Avenida Borges de Medeiros com a Rua dos Andradas, para defender a democracia e repudiar a tentativa de golpe contra o mandato de Dilma Rousseff, orquestrado num conluio entre a oposição, a classe patronal, setores do Judiciário e grandes veículos de comunicação. 

Organizado nacionalmente pela Frente Brasil Popular e pela Frente Brasil Sem Medo, que congrega centenas de instituições, como a CUT e suas confederações, federações e sindicatos filiados, a manifestação iniciou às 17h, na Esquina Democrática, percorreu em marcha pela Avenida Borges Medeiros por volta das 20h e encerrou no Largo Zumbi dos Palmares depois das 22 horas.

Simultaneamente, atos regionais foram promovidos em importantes cidades do interior gaúcho, como Santa Maria, Pelotas, Rio Grande, Passo Fundo, Erechim, Livramento, Ijuí, Santa Rosa e Três Passos, e em praticamente todos os estados e no Distrito Federal, reunindo milhares de outros manifestantes Brasil afora.Em alguns locais fora do país brasileiros também organizaram protestos contra o golpe.

“Acreditamos que o ato de ontem reuniu mais gente e empolgou ainda mais a militância, trouxe para as mobilizações pessoas que até então não haviam participado de nenhum ato. Aos poucos, o povo está vendo que há de fato um golpe sendo articulado e que estão fazendo uma injustiça com a presidenta democraticamente eleita há pouco mais de um ano atrás”, avaliou um dirigente sindical metalúrgico.

Outros dirigentes lembraram que, diferente dos grandes atos públicos promovidos por instituições que defendem o impeachment, as mobilizações populares de ontem foram realizadas sem shows, sem distribuição de brindes, sem a convocação prévia dos grandes meios de comunicação e realizadas à noite, num dia útil da semana.

“Muito se falou nessa semana sobre o que é golpe e o que não é golpe. Temos que explicar para a população e esclarecer que o que está em andamento no Brasil é uma tentativa de golpe, sim”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Não existe prova de crime de responsabilidade contra Dilma. Ela está sendo julgada pelas chamadas pedaladas fiscais, um procedimento utilizado por diversos governantes, entre eles o governador gaúcho José Ivo Sartori (PMDB), que mandou pagar o 13º salário dos servidores públicos no final do ano passado, por meio de empréstimos bancários.

Claudir sublinhou os interesses que estão por trás da conspiração que tenta derrubar a presidenta Dilma. “A elite brasileira é subserviente aos interesses dos EUA e sabemos que há um núcleo de inteligência nos Estados Unidos. O Lula e a Dilma contrariaram a indústria petroleira, com a política de conteúdo nacional na exploração de petróleo e o sistema de partilha do pré-sal, bem como a indústria armamentista, quando houve a compra de caças da Suécia”, lembrou.

O dirigente da CUT-RS alertou que os direitos dos trabalhadores estão ameaçados e é preciso derrotar o golpismo, referindo-se aos 55 projetos patronais que tramitam no Congresso Nacional. Caso o golpe torne Dilma impedida de exercer e cumprir seu mandato, as forças de esquerda – que são as que efetivamente defendem as causas populares e operárias – ficarão fragilizadas, abrindo caminho para que tais projetos sejam aprovados, entre os quais a prevalência do negociado pelo legislado, a terceirização sem limites e o fim das Normas Regulamentadoras nº 12 e nº 15, que tratam sobre segurança do trabalho em máquinas e equipamentos, e as atividades laborais sob céu aberto, entre outros retrocessos.

 
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