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ATENÇÃO: Democracia, emprego, renda, direitos trabalhistas e sociais em risco
Carta pede à categoria metalúrgica gaúcha maior comprometimento de todos na luta contra o retrocesso
22/03/2016


Dirigentes sindicais representantes da Federação dos Metalúrgicos do RS (FTM/CUT-RS) e dos 29 sindicatos filiados reuniram-se na quinta-feira, 17 de março, em Passo Fundo, para avaliar a conjuntura e definir os passos a serem dados pela categoria. O consenso: estão sob extremo risco a democracia, os empregos e os salários, além de inúmeros direitos trabalhistas e avanços sociais conquistados a duras penas no passado.

A crise econômica mundial – aqui no Brasil agravada pelos desdobramentos políticos do circo montado na chamada Operação Lava Jato pela grande mídia, pelo empresariado, por parte do Judiciário e pelos partidos que representam a elite brasileira, tudo para apear Dilma da presidência e evitar que Lula volte à disputa em 2018 – ressuscitou o neoliberalismo que impõe retrocessos à economia de países em desenvolvimento e às conquistas do povo trabalhador. Enquanto a mídia e o povo priorizam atenções ao debate político, 55 projetos nocivos à classe trabalhadores vão tramitando neste Congresso Nacional majoritariamente composto por deputados e senadores financiados por grandes empresas. As consequências a curto e médio prazos são desastrosas para nós.

No final do encontro, os dirigentes sindicais decidiram elaborar uma “carta aos trabalhadores e trabalhadoras da categoria metalúrgica do Rio Grande do Sul” para esclarecer o que está em jogo e pedir um esforço, enfim, um comprometimento maior de todos na luta por empregos, por salários dignos, pela rejeição a projetos que tiram ou flexibilizam direitos, pela democracia...

A carta sugere mais união com os sindicatos e movimentos que reivindicam a volta do desenvolvimento das empresas e do país, a geração de empregos e a democracia plena, mais organização, sair às ruas para protestar, reivindicar e denunciar – inclusive nas redes sociais - o oportunismo político e patronal que, por trás do debate político, pode gerar enormes prejuízos para a cidadania e para a vida dos milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.

 

O que diz a carta à categoria metalúrgica gaúcha

OBJETIVOS

Alertar e sensibilizar a atenção de todos sobre a crise econômica e, com ela, o aumento do desemprego e seus efeitos sobre nossa categoria. Refletir sobre o que está acontecendo em nosso país e seus porquês? A Federação quer perguntar a você, metalúrgico/a, sobre sua disposição em agir em defesa de seu emprego, direitos e também em defesa da nossa curta, mas necessária, democracia. Por fim, lembrar que o ano de 2015 marcou a vida dos brasileiros devido a um contexto de economia em recessão e uma forte disputa política que contamina o desenvolvimento do País. No período, a produção industrial brasileira caiu 8,3% (voltando aos níveis de 2009, auge da crise econômica internacional), os juros altos voltaram e dificultaram o crédito, a inflação aumentou e come em nossa mesa, e o desemprego cresceu com a perda de 1,5 milhão de postos de trabalho formais. No Rio Grande do Sul, em 2015, foram admitidos 59.079 trabalhadores metalúrgicos e demitidos 88.230, o que levou à diminuição de 29.151 postos de trabalho.

ALERTA SOBRE A CRISE ECONÔMICA

O momento atual é grave, mas sabemos que pode mudar para pior ou para melhor. Basta olhar para nosso passado recente: vivemos e gostamos da experiência do pleno emprego, da geração de renda, dos investimentos sociais e na produção e do desenvolvimento de setores importantes, como a indústria naval. Lembremos também da crise internacional e seus reflexos nacionais em 2009, que gerou desemprego, mas foi passageira e o crescimento foi retomado.

Nos últimos 12 anos houve um considerável aumento do número de metalúrgicos no Estado. Essa situação se deve, entre outros fatores, às políticas de incentivo à indústria e ao crédito promovidas pelo governo federal por meio de um Projeto de Desenvolvimento Econômico com Inclusão Social. No RS, em 2002, existiam 133.592 trabalhadores e, em 2014, já éramos 238.434, um aumento de 78%, ou seja, 104.842 novas vagas. Isto é prova do que significa investir no Brasil e no povo brasileiro.

O QUE AGRAVA A CRISE?

Em nível nacional, o governo agrava a crise com políticas equivocadas de ajuste fiscal, que vêm reduzindo o volume de investimentos em infraestrutura, somado a fatores econômicos internacionais, como a diminuição no ritmo de crescimento da China. Tudo isso em meio ao caldeirão da luta política pelo controle do País, que passa por cima dos processos democráticos e paralisa a nação.

Sabemos que a questão da corrupção foi e é grave. Defendemos que tudo deve ser apurado e todos os culpados devem ser punidos, mas assistimos nessa partida o juiz apitando contra somente um lado, enquanto o outro faz pose de santo. A mídia faz um espetáculo e nos trata como palhaços (sem querer ofender nossos populares artistas), como se fôssemos incapazes de entender as cenas.

Em âmbito estadual, temos um governador com uma agenda neoliberal marcada pela redução do Estado, que está massacrando o funcionalismo público e complicando ainda mais a vida da população com o caos na segurança pública. Medidas como o aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tornam o custo de vida no RS um dos mais altos do Brasil, com aumento de 25% para 30% no combustível, energia elétrica e telefonia, refletindo também na cesta básica.

O QUE FAZER?

É hora de mudança nos rumos da economia, pois nós, trabalhadores e trabalhadoras, estamos cansados de pagar a conta pelos ajustes. Todos estamos sendo convocados a descer das arquibancadas e entrar no jogo. A Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS/CUT e seus 29 sindicatos estão dispostos a convocar e organizar um movimento em defesa do emprego, da renda e dos direitos sociais. Por isso, exigimos:

- Que a presidenta Dilma mude a política econômica por meio da redução a taxa de juros, volte a investir em infraestrutura e na construção de moradias, e volte a estimular o desenvolvimento e o crescimento da indústria, entre elas a naval, de extrema importância para a categoria metalúrgica e para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul;

- Que o governador Sartori revogue as medidas de aumento da carga tributária e valorize o funcionalismo, responsável pela prestação de serviços tão necessários à sociedade, como a saúde, a educação e a segurança pública;

- Que os empresários não encontrem no caminho fácil das demissões a saída para a crise. Há alternativas, uma vez que durante muitos anos receberam diversos incentivos e estímulos criados pelo governo, como os voltados para o investimento, a desoneração da folha de pagamento, a redução de impostos, a diminuição das tarifas de energia, a redução da taxa básica de juros, entre outras medidas.

UNIÃO, ORGANIZAÇÃO E FORÇA

Nós, metalúrgicos e metalúrgicas, também precisamos fazer a nossa parte. Vamos às ruas para valorizar a democracia e lutar por empregos e renda. Vamos lutar para que os 55 projetos que retiram direitos sociais e da CLT – e que aceleradamente tramitam no Congresso Nacional - não sejam aprovados. Agora é a hora de mostrar a nossa força, pois corremos o risco de perder de goleada tudo o que foi conquistado nos últimos 10 anos pela classe trabalhadora.

OBS.: A carta é assinada pela Federação dos Metalúrgicos do RS e os 29 sindicatos filiados, entre os quais o de Porto Alegre e Cachoeirinha.

 
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