O senador Paulo Paim (PT/RS) criticou no plen�rio do Senado nesta ter�a/feira (25) os "tecnocratas" do governo por aconselharem o presidente Luiz In�cio Lula da Silva a vetar o reajuste de 7,72% �s aposentadorias acima do sal�rio m�nimo, assim como o fim do fator previdenci�rio, redutor para quem se aposenta antes da idade m�nima. De acordo com a imprensa, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, s�o contra os termos do PLV 2/10, aprovado pelos senadores na �ltima semana. Paim disse que, de acordo com a Secretaria de Pol�tica de Previd�ncia Social, o fator previdenci�rio tem representado uma economia de R$ 1 bilh�o anual desde sua cria��o em 1999. Em dez anos, o redutor teria rendido R$ 10 bilh�es aos cofres p�blicos. Mas o senador acusou os principais jornais do pa�s de cometer equ�voco ao afirmar que o fim do fator previdenci�rio causar� um rombo de R$ 10 bilh�es anuais. / O impacto da extin��o do fator previdenci�rio, nas contas do governo, em 2011, ser� no m�ximo em torno de um bilh�o, um bilh�o e duzentos milh�es. Por isso que n�o consigo aceitar / declarou. Paim disse tamb�m que o pagamento de benef�cios do Regime Geral da Previd�ncia Social em 2009, atingiu R$ 211 bilh�es, e a receita chegou a R$ 273 bilh�es. Superavit�ria, portanto, j� que, como observou Paim, grande parte dos gastos da Previd�ncia / que a tornariam deficit�ria / s�o na verdade assist�ncia social. Ele tamb�m refutou as cr�ticas relacionadas � possibilidade de aposentadorias precoces, "aos 40 ou 42 anos", se o fator previdenci�rio for extinto. Paim observou que, por lei, n�o h� como o cidad�o come�ar a trabalhar antes dos 16 anos de idade. Com 35 anos de contribui��o, o trabalhador se aposentaria aos 51 anos. Como poucos conseguiriam manter/se empregados e contribuindo continuamente, por 35 anos, a m�dia de idade de aposentadoria para os que come�assem a trabalhar mais cedo ficaria em cerca de 53 anos. Longe do que apontam os cr�ticos. Quanto ao reajuste de 7,72% para as aposentadorias acima de um sal�rio m�nimo / em vez dos 6,14% concedidos pelo governo /, o senador salientou que o impacto sobre as contas do governo seria de somente R$ 600 milh�es por ano. Outros n�meros apresentados pelo senador confirmam, segundo ele, a inconsist�ncia da argumenta��o governista. A economia passa, conforme o parlamentar, por "momento m�gico" com arrecada��o no m�s de abril de R$ 70,9 bilh�es, um aumento de 16,7% em rela��o a mesmo per�odo do ano passado. Ele citou ainda a cria��o de 962 mil empregos com carteira assinada de janeiro a abril deste ano e o an�ncio pelo jornal O Globo desta ter�a/feira (25) que o Brasil est� a caminho do pleno emprego. Isso sem falar, apontou o senador, para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5.5% para 6% com expectativas do mercado de que possa atingir de 7% a 8%. Diante desse cen�rio, Paim acredita que o presidente Lula adotar� uma atitude "aut�ntica e corajosa" em favor dos aposentados. / N�o h� motivo nenhum para que a mat�ria n�o seja de uma vez por todas sancionada. Uma demanda que atende apenas 6% dos aposentados, o impacto vai ser quase zero / pregou. *Fonte: www.cut.org.br