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Lula conclama trabalhadores a defenderem Dilma e a democracia
Ex-presidente participou da abertura do 1º Congresso Nacional do Movimento de Pequenos Agricultores, ao lado de lideranças políticas e sindicais. Evento reúne 4.200 camponeses, no ABC paulista
13/10/2015


“Quando vocês perceberem que estamos fraquejando, levantem a cabeça e digam: ‘nós estamos aqui para garantir a democracia e o governo da presidenta Dilma’. Vocês são a alma desse país”. O recado foi dado na manhã desta terça-feira (13) pelo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a 4.200 camponeses reunidos no 1º Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em São Bernardo do Campo (SP).

Lula participou do ato de abertura do evento, que segue até sexta-feira (16), no Pavilhão Vera Cruz, e reúne trabalhadores e trabalhadoras de 20 Estados e representantes de organizações camponeses de 15 países. O tema do Congresso é “Aliança Camponesa e Operária por Soberania Alimentar”.

Ao lado do ex-presidente, participaram da abertura do Congresso o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, o secretário de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel, e o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, entre outras lideranças. Todos reafirmaram a necessidade de defender a democracia e repudiaram as tentativas de golpe para derrubar a presidenta Dilma Rousseff.

Lembraram também do simbolismo da cidade e do espaço onde o Congresso do MPA está acontecendo. Luiz Marinho e Paulo Cayres destacaram que foi no Pavilhão Vera Cruz que em 1983 aconteceu o congresso de fundação da Central Única dos Trabalhadores e que São Bernardo do Campo foi o palco das lutas dos metalúrgicos que contribuíram para o fim da ditadura militar, a partir do final dos anos 1970, e para a reconstrução da democracia no Brasil, hoje atacada pela burguesia.

Democracia não é pacto de silêncio

Para Lula, a elite tanto fez no último período “que a autoestima do brasileiro está desaparecendo e fazendo crescer a irracionalidade na sociedade”. Ao conclamar os participantes a defenderem o projeto político que desde 2003 está à frente do país, ele lembrou: “A democracia não é um pacto de silêncio. Ela é o povo em movimento, sempre em busca de mais conquistas. Por isso, o movimento sindical e os movimentos sociais não podem parar de reivindicar, não podem deixar de defender os direitos da classe trabalhadora”.

Segundo Lula, aqueles que defendem o impeachment da presidenta não respeitam a democracia. “Perdi três eleições nesse país. Voltava para casa e, como dizia o velho [Leonel] Brizola, ia lamber minhas feridas. Eles perderam a quarta e não se conformam. Eles deveriam sair do palanque e criar vergonha, porque eles não querem deixar a Dilma governar”, criticou.

O ex-presidente disse ainda que parte da sociedade tem ódio dele e do PT por causa dos avanços sociais dos últimos anos. “O ódio destilado contra nós emana da constatação de que nós conquistamos um pouco. Um pouco mesmo”, declarou, referindo-se a programas como o Bolsa Família, que tirou o Brasil do mapa mundial da fome, o Luz para Todos, o acesso à educação em nível superior. “A elite não se conforma que o filho do pedreiro pode ser engenheiro, que a filha da empregada pode ser doutora, cientista política, filósofa, o que ela quiser”.

Lula adiantou que aconselhará a presidenta a se aproximar da população e de organizações sociais, como o Movimento de Pequenos Agricultores. “Quando temos problemas, quando as coisas não estão muito bem, não temos outro remédio. Temos de ir ao encontro do povo para receber oxigênio, para que faça sentido governar. Porque foi exatamente para gente como vocês que nós criamos um partido político”, assegurou.

Defesa de Lula

O presidente da CNM/CUT destacou a importância da aliança entre operários e camponeses, particularmente neste momento em que a direita tenta minar direitos conquistados pelos trabalhadores e acabar com o projeto que a maioria da população vem escolhendo nas urnas nas quatro últimas eleições presidenciais. E conclamou os participantes do Congresso a defenderem o legado iniciado com a eleição de Lula, em 2002.

“Lula nos permitiu sonhar e construir a dignidade do povo brasileiro. Hoje, a elite machista, homofóbica e preconceituosa quer acabar com nossos sonhos. Não vamos deixar! Será com esses mesmos braços que vocês plantam no campo que defenderemos nossa maior liderança”, enfatizou Paulo Cayres, ao pedir que todos os presentes erguessem os braços com punhos cerrados.

Já o ministro Patrus Ananias afirmou que o governo da presidenta Dilma Rousseff, apesar do cenário econômico adverso, mantém o objetivo de assentar todas as famílias que hoje vivem em acampamentos nos país até 2018. “O ser humano não foi feito para viver embaixo de lona. O ser humano foi feito para viver com dignidade”, afirmou o ministro. “É um compromisso ousado, mas tão ousado quanto o Fome Zero foi no primeiro mandato de Lula. Em 2003, em seu discurso de posse, Lula disse que se todo brasileiro fizesse três refeições por dia, a missão de sua vida estaria cumprida. Pois em 2014, a ONU retirou o Brasil do mapa da fome”, concluiu.

Sérgio Gorgen, dirigente nacional do MPA, reafirmou o chamado por unidade entre trabalhadores da cidade e do campo em torno de um projeto nacional de inclusão social. “Viemos a São Bernardo porque aqui vocês começaram a derrubar a ditadura e deram início a uma outra fase deste país. E, juntos, camponeses e operários, vamos construir novas etapas”, disse.

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações da Agência Brasil e do Instituto Lula

 

 
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