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“Frente Povo Sem Medo” promete um novo ciclo de mobilizações
O enfrentamento às políticas de austeridades e ao conservadorismo será na rua
09/10/2015


“Aqui está, o povo sem medo, sem medo de lutar”, esse grito de guerra que da início ao ato de lançamento da “Frente Povo Sem Medo”, em São Paulo, com objetivo de fazer grandes mobilizações nacionais contra qualquer retrocesso.

“Vai ser construído um novo ciclo de mobilizações com protagonismo dos movimentos sociais. Vamos construir uma saída para o Brasil. Não será à direita, que não vamos tolerar, mas também não vamos aceitar a política de austeridade, que tira direito do trabalhador. A nossa saída é pela esquerda, com o povo e nas ruas”, afirmou o Coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos.

Mais de 400 pessoas assistiram o ato de lançamento da Frente que teve uma mística em homenagem aos 48 anos da morte do Comandante Che Guevara. Em 8 de Outubro de 1967 o líder revolucionário da esquerda foi capturado pelo exército boliviano e morto a tiros em La Higuera.

Foi lido em plenário a carta de princípios da “Frente Povo Sem Medo” e o manifesto dos movimentos sociais participantes do grupo, que explica os principais motivos que os unem e os fortalecem para fazer o enfrentamento na rua e sem medo.

“De um lado, as forças mais atrasadas querem nos impor uma agenda de retrocessos, apresentados como ‘modernidade’: ampliação da terceirização, contrarreforma política, reforma da previdência, redução da maioridade penal, privatização da Petrobrás, entre outras. Do outro lado, o governo federal aplica uma política econômica de aumento de juros, corte nas áreas sociais, ataques aos direitos dos trabalhadores, ampliando a precarização e as demissões”, explica o manifesto.

O ajuste fiscal vem trazendo muitos resultados negativos aos trabalhadores, as empresas se negam a reajustar salários e avançar em qualquer direito que diminua seus lucros.

O Presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Douglas Izzo, lembrou das greves dos bancários e metalúrgicos que estão acontecendo em todo o país. “Muitas greves vão acontecer nestes segundo semestre, porque essa é a resposta da classe trabalhadora para os patrões que querem passar a conta da crise para os trabalhadores. Essa articulação de movimentos sociais representativa é um importante recado pra os golpistas e para os conservadores do congresso nacional que querem flexibilizar os direitos dos trabalhadores”, destacou Izzo.

A Frente reúne quase 30 movimentos representados em mais de 15 Estados, entre eles Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Intersindical, Central do Trabalhador e Trabalhadora Brasileira (CTB), União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (UNEAFRO), entre outros e conta com mais 100 apoiadores, entre eles parlamentares, artistas e intelectuais.

A urbanista Ermínia Maricato é uma das apoiadoras e fez uma fala emocionante. Narrando suas experiências na luta contra a ditadura militar, elogiou a independência da Frente de qualquer governo e fez algumas considerações sobre o movimento:

“Temos que voltar com o trabalho de base, rediscutir a proposta de reforma urbana e é urgente a solidariedade da esquerda. Mexeu com um, mexeu com todos e todas”

A cartunista Laerte, outra apoiadora da Frente, destacou a importância do enfrentamento ao ódio que atacam a diversidade todos os dias. “Aqui eu me sinto sem medo. Hoje a gente vive um perigo muito grande e como avançar? Sem medo e sem ódio!”

Para Boulos, essa noite será lembrada por muito tempo. “O povo se levantou e tomou uma decisão de levar de forma intransigente as nossas lutas contra esta elite conservadora, contra as políticas de austeridades e defendendo uma saída com o povo com a cara deste plenário de hoje, nordestino, negro, jovem, mulher, trans, sem teto, que é a cara da nossa “Frente Povo Sem Medo”, finalizou ele.

 

Fonte: Érica Aragão

 

 
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