A 3ª Conferência Nacional das Mulheres Metalúrgicas, realizada entre os dias 12 e 13 de abril e que teve a participação de 122 companheiras, entre as quais seis representantes da base de Porto Alegre e Região, antecedeu o 9º Congresso Nacional dos/as Metalúrgicos/as.

Na ocasião, foi realizada plenária de aprovação das propostas de resoluções para o congresso, entre as quais a retomada do curso de capacitação de mulheres metalúrgicas, a garantia de participação das mulheres nas mesas de negociação e a inclusão nas pautas de reivindicação das campanhas salariais que garantam no mínimo 30% de mulheres na contratação, sem limitação de idade máxima, e a construção da paridade no movimento sindical e político. Pela primeira vez, as mulheres cumpriram a cota dos 30% de participação feminina no congresso, fato que foi bastante ressaltado.

Segundo a diretora executiva Lenira Campos da Silva, as participantes também discutiram a realidade em que vivem dentro e fora das instituições sindicais, principalmente no ambiente de trabalho. Ainda é muito constante casos de violência doméstica, discriminação, assédio moral e sexual, a limitação da participação feminina em espaços de decisão e a jornada dupla (trabalho na fábrica e em casa). A 3ª Conferência também discutiu os efeitos do PL 4330, da terceirização sem limites, para as mulheres, apresentou um estudo do Dieese sobre o perfil das dirigentes sindicais metalúrgicas e fez um resgate das conquistas das metalúrgicas nos últimos anos e da participação das mulheres nas direções dos sindicatos e federações.

“Nunca na história deste país, as metalúrgicas estiveram tão preparadas e ocupando cargos de decisão. Em um ambiente predominantemente masculino, vocês, companheiras, são exemplos pela determinação, capacidade e força”, elogiou o presidente reeleito da CNM/CUT, Paulo Cayres.

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