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Dell é denunciada por práticas de assédio moral
Empresa também impõe normas absurdas e, pra reduzir custos, vem arrochando salários e flexibilizando importantes benefícios
07/11/2014


Empresa também impõe normas absurdas e, pra reduzir custos, vem arrochando salários e flexibilizando beneficios


Infelizmente, não é de hoje que a Dell vem sendo denunciada por práticas de assédio moral. Recentemente, a empresa e a Unisys responderam um processo na Justiça do Trabalho – ação coletiva movida pelo Sindppd/RS em nome de 245 trabalhadores/as - por conta de “reiterada prática de assédio moral”, que gerou um elevado e crescente número de adoecimentos. Os/as trabalhadores/as alegaram a exigência contumaz de serviços e de resultados acima de suas forças físicas e mentais, comentários desabonadores e degradantes das chefias em relação aos subordinados, restrição ou controle de uso dos banheiros, entre outros problemas.
Agora, algumas pessoas que, por motivos óbvios, querem se manter no anonimato, denunciam a empresa por assédio moral, especialmente por causa de uma gerente que, reiteradamente, por meio de comentários que minam a estabilidade emocional de subordinados, causa doenças e traumas psicológicos nestas pessoas.

Desconstrução profissional e moral
Quando vê potencial técnico e laboral num subordinado, a gerente ardilosa e sorrateiramente, inicia um processo de desgaste da pessoa, uma desconstrução profissional e moral do subordinado. Pega um ponto fraco do subordinado e começa a fustigar a pessoa. Depois, parte para a desconstrução profissional. Sempre com um vocabulário ameaçador, agressivo, chama à atenção e expõe a vítima perante os colegas quando os resultados caem, faz a pessoa se sentir incompetente, faz os que estão na volta entenderem que aquela pessoa está prejudicando o time e a empresa. Enfim, a gerente adota cuidadosas e ardilosas artimanhas psicológicas para minar aos poucos a estabilidade emocional de pessoas a quem ela define como alvo. A desconstrução moral e profissional é frequente, faz com que as vítimas da vez se sintam mal no trabalho e perante colegas. Enfim, ela cria condições para justificar uma demissão ou faz com que a própria pessoa se demita.

Omissão da empresa
Por meio de canais disponíveis (Ethics, Medicina e RH), a empresa foi comunicada do problema, mas não tomou nenhuma providência para investigar e impedir que esta chefia continue fustigando seus subordinados até a demissão, inclusive de colegas em tratamento psicológico. As respostas sempre são evasivas, como “A Dell preza por um ambiente de trabalho ético e respeitoso. (...) O caso é confidencial”, sem apontar a solução de fato do problema.

Gravidez = olho da rua
Outro fato que tem chamado a atenção dos trabalhadores e trabalhadoras da Dell são as demissões de funcionárias que, passado o período legal de licença-maternidade, são demitidas. Seria uma espécie de vingança, ou seja, a empresa se vingaria daquelas companheiras que geraram “prejuízos” para ela, já que garantiram estabilidade durante a gravidez, faltaram ao trabalho para realizar exames do acompanhamento médico pré-natal, faltaram horas pelo direito a licença amamentação e ficaram em licença maternidade por, no mínimo, 120 dias corridos ou mais, se houver acordo em convenção coletiva.
Essa realidade tem mudado o projeto de vida de muitas companheiras. Com receio de levarem o famoso “pé na bunda”, deixam de realizar o sonho de ser mães, de constituir ou ampliar famílias e garantir novas gerações decendentes. Quem ousa engravidar, já sabe: olho da rua!

Norma absurda
Na área de Pós-vendas, onde são processados os pedidos, os funcionários que precisam ir ao médico são obrigados a colocar o dia e o horário da consulta em uma planilha e avisar com três dias de antecedência. E, de antemão, são “orientados” a não marcar as consultas para os horários da manhã, nem nas quintas e sextas-feiras, dias mais atribulados. Ou seja, a chefia da área quer controlar até a ida de seus funcionários ao médico, ditando normas absurdas como usar planilhas e fazer um aviso prévio de consultas e que estas sejam em dias e horários bons para a empresa. Quem se negar, pode entrar na “lista negra” da empresa.
O objetivo da empresa é intimidar as pessoas que, por um problema ou outro de saúde, buscam atendimento médico com frequência, forçar os empregados a buscar atendimento em dias e horários com menos produção, se possível em dias e horários fora do expediente. Com receio de perder seus empregos, muitas pessoas acabam aceitando as imposições da empresa.

Vale tudo pra reduzir custos
A Dell, no dia 20 de outubro passado, sepultou de vez o café da manhã, direito adquirido há anos, servido pela Puras / Sodexo, que atendia uma grande parcela de funcionários. Estes, agora, deixam de se alimentar na primeira hora da manhã ou são obrigados a providenciar seu próprio desjejum, elevando os custos pessoais com alimentação.
A empresa foi tirando o café aos poucos e, por último, alegou um motivo esdrúxulo: não havia funcionários suficientes para o café da manhã. Inventaram esta desculpa esfarrapara para retirar o benefício. Agora, vários funcionários foram prejudicados por esta decisão antidemocrática, pois não teve consulta e negociação com os interessados e com o sindicato.


Outro ataque a direitos / benefícios dos trabalhadores/as é o que a empresa está fazendo com o transporte via ônibus fretado conhecido por “Rota”, da empresa Janiz. Para reduzir custos, há boatos de que a Dell poderá reduzir o número de ônibus, o que resultará num itinerário maior e mais demorado. Como o café da manhã foi retirado e o horário de chegada do transporte na empresa não mudou (cerca de 30 a 40 minutos antes do horário da pegada, às 8 horas), alguns trabalhadores/as são obrigados a acordar bem mais cedo e, depois de chegar na empresa, ficar esperando mais de meia-hora. Cabe lembrar que o registro ponto só é permitido pela empresa cinco minutos antes do início do expediente. Ou seja, as decisões da Dell, sem consultar funcionários e sindicato, acabam causando transtornos que poderiam ser facilmente evitados. Também há boatos de que a Dell vai trocar a empresa que fornece refeições.


Por fim, a empresa vem demitindo e arrochando salários. Um triste exemplo é o que vem acontecendo na área de Vendas. Antes, os trabalhadores/as recebiam salários fixos mais uma comissão sobre as vendas e todo o pagamento era mensal. Hoje a variável de 100% é paga junto com o salário e o “acelerado” sobre as vendas somente é pago de três em três meses. Outra denúncia é quanto às demissões. A empresa vem demitindo os funcionários antigos e melhor remunerados e, em suas vagas, contratando novos funcionários com salários bem mais baixos. Não se tem notícias de que a empresa reduziu o padrão salarial das chefias, apenas o padrão dos funcionários subordinados.

 
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