Desde abril, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre tenta negociar na campanha salarial um acordo capaz de garantir à categoria a reposição das perdas e um bom aumento salarial. Porém, as negociações não avançam porque os patrões fincaram pé numa proposta de reajuste que está longe dos 8% almejados pela categoria. Na última reunião, os patrões ofereceram 6% retroativos a 1º de maio e mais 0,5% em novembro.

Diante deste quadro adverso, a direção do sindicato resolveu intensificar as mobilizações em importantes fábricas da categoria.

Hoje foi a vez da GKN, que teve os três turnos paralisados. Pela manhã, desde as 5h30min, a direção do sindicato esteve presente para coordenar a paralisação do 1º Turno. Por unanimidade, a paralisação foi aprovada e, entre as 9h e 11h, os trabalhadores resolveram fazer uma passeata de ida e volta pela Avenida Assis Brasil até o sindicato. À tarde, depois de almoçarem o chamado “salchipão”, os trabalhadores do 1º Turno aguardaram a chegada dos trabalhadores do 2º Turno, que também, por unanimidade, resolveram parar.

A direção do sindicato não arredou pé e aguardou a chegada do 3º Turno, que inicia a produção às 23h05min. Embora todas as mobilizações tenham sido ordeiras e pacíficas, na ocasião, o dirigente sindical Adriano Nunes foi covardemente agredido por um chefete da GKN, que aproveitou um momento de distração do companheiro para desferir-lhe um soco. A Brigada Militar foi chamada para o dirigente fazer a ocorrência, mas não compareceu.

Por volta da meia-noite, todos os trabalhadores foram para casa, decretando o sucesso dessa mobilização que busca um reajuste digno para a categoria metalúrgica de Porto Alegre e das outras cidades que compõe a base do sindicato.

 Voltar