O presidente da C�mara dos Deputados, Michel Temer (PMDB/SP), disse hoje em S�o Paulo que, se for � vota��o este ano, a proposta de emenda constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais ser� aprovada. "Tenho sentido l� na C�mara que, em um ano como este, se a mat�ria for ao plen�rio, aprovam/se as 40 horas. Eu n�o tenho d�vida disso", afirmou, em palestra a empres�rios. Contr�rio ao projeto, Temer defende uma redu��o gradativa: em 2011, a jornada passaria para 43 horas; e, em 2012, para 42 horas semanais. N�o haveria aumento no valor da hora extra. A PEC 231/95 prev� a redu��o da jornada para 40 horas e o aumento do adicional por hora extra de 50% para 75%. A proposta j� foi aprovada por uma comiss�o especial da C�mara e precisa ser votada em dois turnos pelo plen�rio. Al�m do peso do ano eleitoral, Temer v� como impulso para a aprova��o do projeto a press�o das entidades sindicais. "As centrais sindicais t�m uma capacidade de mobiliza��o extraordin�ria. Eles fazem passeatas e depois v�o 200 l�deres sindicais na minha sala numa press�o pessoal, quase f�sica." De acordo com o deputado, a jornada de 40 horas traria "dificuldades" aos empres�rios e "problemas" ao Pa�s. "Temperan�a � a marca da minha gest�o. A fun��o de quem est� na vida p�blica n�o � radicalizar a favor de um ou outro, mas contemporizar, encontrar uma solu��o intermedi�ria que possa satisfazer a todos." Popularidade Temer disse ver com "naturalidade" o resultado da pesquisa do Instituto Datafolha sobre a avalia��o da popula��o a respeito do Legislativo, divulgado hoje. De acordo com o levantamento, 39% dos brasileiros classificam como ruim ou p�ssimo o trabalho dos parlamentares. "Isso n�o me assusta. O Legislativo � o poder mais sujeito a chicoteamento popular", disse. "O que posso dizer � que estamos legislando bastante e bem." Temer deu como exemplo de transpar�ncia do Congresso a investiga��o da Pol�cia Legislativa divulgada na semana passada que identificou fraude em benef�cios de vale/transporte e aux�lio/creche. A apura��o de sete meses resultou em 16 inqu�ritos, enviados ao Minist�rio P�blico Federal. Segundo o presidente da C�mara, at� 70 funcion�rios est�o envolvidos no esquema. * Fonte: Ag�ncia Estado