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Redução da jornada é bom para o Brasil
Nesta semana, a campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários levou, novament
22/02/2010


Nesta semana, a campanha pela reduo da jornada de trabalho sem reduo de salrios levou, novamente, o movimento sindical brasileiro Braslia, com o objetivo de mostrar aos parlamentares a importncia da adoo desta medida para os trabalhadores e para o pas. Com o desenrolar dos debates na Cmara dos Deputados, mais uma vez os empresrios e seus representantes manifestaram sua posio contrria proposta. O DIEESE, entidade criada pelo movimento sindical e que h 54 anos realiza estudos, pesquisas e anlises de temas de interesse dos trabalhadores, tem acompanhado as centrais sindicais em sua luta pela aprovao dessa proposta. Por meio desta nota, o DIEESE volta a reafirmar que o Brasil apresenta condies para implementar a reduo da jornada de trabalho, bem como tem necessidades que demandam a adoo dessa medida, o que pode ser visto nos itens seguir: a) O custo com salrios no Brasil muito baixo quando comparado com outros pases, segundo informaes do Departamento de Trabalho Americano. Assim, a reduo da jornada de trabalho no traria prejuzos competitividade das empresas brasileiras. b) Em relao aos encargos sociais no Brasil, os empresrios defendem a tese de que estes representam 102% do salrio dos trabalhadores partindo de um clculo que no correto. Vrios itens que so considerados encargos nessa conta so, na verdade, parte da remunerao do trabalhador, como admitido pelos prprios consultores empresariais. Encargos sociais so aquela parcela do custo do trabalho para a empresa que no vai para o bolso do trabalhador. Encontram/se, nesta situao, o pagamento de frias, 13 salrio, descanso semanal remunerado, FGTS. Tudo isso vai para o bolso do trabalhador e, portanto, no encargo social. Os encargos sociais so a contribuio para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), para o Servio Social da Indstria (Sesi), o Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e demais instituies que compem o Sistema S, para o Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (Incra), para o seguro de acidentes do trabalho, para o salrio educao, para o Servio de Sebrae. E representam 25,1% da remunerao total do trabalhador. Desta forma, um trabalhador contratado com um salrio mensal na carteira de R$1.000,00, recebe, em mdia, R$1.229,10 por ms, pois neste valor esto considerados outros itens integrantes de sua remunerao. Ou seja, tambm est includo o que ele recebe de 13 salrio, de adicional de 1/3 de frias, de Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) / que um patrimnio individual do trabalhador /, alm da proporo mensal do que ele recebe em caso de ser demitido sem justa causa. Com todos estes componentes includos no salrio, este trabalhador custa para a empresa R$ 1.538,00. O valor dos encargos corresponde, portanto, a R$ 308,90, que representam 25,1% dos R$1.229,10, que a remunerao total do trabalhador. Portanto, um trabalhador que contratado por R$ 1.000,00 no custa para a empresa mais 102% (R$ 2.020,00) como afirmam os empresrios, mas R$ 1.538,00. c) O peso dos salrios no custo total de produo no Brasil baixo, em torno de 22% de acordo com a CNI. Uma reduo de 9,09% na jornada (de 44 para 40 horas) representaria um aumento no custo total da produo de apenas 1,99%. d) Comparando/se este pequeno acrscimo no custo mdio de produo com os expressivos ganhos de produtividade, tal impacto muito possvel de ser absorvido pelo setor produtivo, isto sem considerar a perspectiva ganhos futuros de produtividade. A variao da produtividade do trabalho entre os anos de 1988 e 2008 est em torno de 84%, segundo dados do IBGE, para indstria de transformao. e) Como o salrio mdio real, nos ltimos anos, no apresentou significativa expanso, o expressivo crescimento da produtividade do trabalho poderia ser transformado na reduo da jornada legal de trabalho no Brasil, fato este que ocorreu pela ltima vez h mais de 20 anos, na Constituio da 1988. f) A reduo da jornada de trabalho um dos instrumentos para a distribuio de renda no pas. g) O Brasil tem um contingente grande de desempregados / em torno de 3 milhes, apenas nas sete regies metropolitanas pesquisadas pela PED. A proposta de reduo da jornada das atuais 44 para 40 horas semanais, tem potencial para gerar mais de 2,5 milhes de postos de trabalho. h) A durao da jornada efetivamente trabalhada no Brasil uma das maiores no mundo. Soma/se ainda, a isto, a falta de limitao semanal, mensal ou anual para a realizao de horas extras. Em diversos pases h limitao anual para a realizao de horas extras, como na Argentina, Uruguai, Alemanha, Frana, cujos limites ficam entre 200 e 280 horas/ano, em torno de 4 horas extras por semana. O fim das horas extras teria um potencial para gerar em torno de 1 milho de postos de trabalho. Por esta razo, necessrio combinar a reduo da jornada com mecanismos que cobam e limitem a utilizao das horas extras. i) A jornada de trabalho no Brasil est cada vez mais flexvel, dado que s tradicionais formas de flexibilizao do tempo / como a hora extra, o trabalho em turno, o trabalho noturno, as frias coletivas /, somaram/se novas formas / como a jornada em tempo parcial, o banco de horas e o trabalho aos domingos. j) Alm de extenso e flexvel, o tempo de trabalho no Brasil vem sendo intensificado em funo das diversas inovaes tcnico/organizacionais implementadas pelas empresas como, por exemplo, a polivalncia, a concorrncia entre os grupos de trabalho, as metas de produo e a reduo das pausas. k) Num condescr de crescente demanda do setor produtivo para que os trabalhadores se qualifiquem, a reduo da jornada de trabalho, sem reduo dos salrios, em muito contribui para este desafio na medida em que liberaria mais horas para que o trabalhador tivesse melhores condies de qualificar/se. l) A reduo da jornada de trabalho, tambm possibilita aos trabalhadores dedicar mais tempo para o convvio familiar, o estudo, o lazer e o descanso, melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores. m) A combinao de todos estes fatores desencadeados pela reduo da jornada de trabalho, sem reduo de salrios, provoca a gerao de um crculo virtuoso na economia, combinando a ampliao do emprego, o aumento do consumo interno, a elevao dos nveis da produtividade do trabalho, a melhoria da competitividade do setor produtivo, a reduo dos acidentes e doenas do trabalho, a maior qualificao do trabalhador, a elevao da arrecadao tributria, enfim um maior crescimento econmico com melhoria da distribuio de renda. * Fonte: www.cut.org.br
 
 
 
 
 
 
 
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