“A humanidade é uma só e a democracia deve ser para todos”, afirmou o professor da UFRGS, Paulo Vizentini na mesa sobre conjuntura internacional na 14ª Plenária Estatutária da CUT-RS, na noite de sexta-feira, 23, no salão da Igreja Pompéia, em Porto Alegre.

Vizentini definiu a década de 90 como a “vitória da democracia”, mas salientou que contraditoriamente, não se pode ser maioria nesta democracia. “Quando se quer dividir uma maioria, é preciso confundi-la. Houve uma fragmentação, uma individualização. Temos que discutir programas para a juventude, para as mulheres, para o meio ambiente…”

“Com isso, os direitos universais passaram a ser defendidos por grandes organizações que assinavam acordos internacionais, possibilitando que os Estados Unidos ‘governasse’, de maneira indireta, através desses acordos”, explicou o professor.

Vizentini também criticou os monopólios dos meios de comunicação. “Atualmente, prestam um serviço de desinformação, são aparelhos de guerrilha”, classificou, destacando os avanços em políticas democráticas na Ásia e no Oriente Médio: “porém a mídia não mostra isso, só temos acesso às ondas de violência que fazem parte do processo de modernização”, finalizou.

Cerimônia de abertura

Os delegados da 14ª Plenária Estatutária foram recebidos com coquetel e música do cantor Rosa Franco, no início da noite de sexta-feira.

Na abertura do evento, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, deu boas vindas aos delegados e disse que o os debates realizados na Plenária são fundamentais para as conquistas da classe trabalhadora.

Nespolo também lembrou a eleição por unanimidade de João Felício para a presidência da Confederação Sindical Internacional (CSI). “A CSI representa mais de 180 milhões de trabalhadores, em cinco continentes e pela primeira vez terá um presidente abaixo da linha do Equador. Isso nos honra muito e mostra a força que a CUT tem”, afirmou ele.

Após, representantes das correntes que integram a direção da Central: Articulação Sindical, Articulação de Esquerda, CUT Pode Mais, CUT Socialista e Democrática e O Trabalho recepcionaram os participantes e reafirmaram a necessidade dos debates para construir a unidade Cutista.

Por último, foi aprovado o Regimento Interno da 14ª Plenária.

Por: Renata Machado (CUT-RS)

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